Ministro Edson Fachin abre inquérito para investigar repasses de mais de R$ 40 milhões a políticos do PMDB
maio 16, 2018
O ministro Edson Fachin, relator dos processos da operação Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito para
investigar supostos repasses de R$ 43,6 milhões da JBS a
políticos do PMDB na campanha de 2014. O processo tem origem em duas
delações: a de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, empresa subsidiária
da Petrobras, e a de Ricardo Saud, executivo do grupo J&F, controlador da
JBS.
A decisão de Edson Fachin não deixa claro quem são os
investigados. Mas, no processo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
cita alguns nomes. Ela aponta a necessidade de apurar a legalidade de repasses
a quatro senadores do PMDB - Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Eunício
de Oliveira (CE) e Valdir Raupp (RO) - e ao ex-presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), atualmente em prisão domiciliar.
Dados de uma tabela feita pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) mostra repasses de R$ 9,92 milhões para Renan Calheiros, R$
8,98 milhões para Jader Barbalho, R$ 6,08 milhões para Eduardo Braga, R$ 6
milhões para Vital do Rêgo, R$ 5,68 milhões para Eunício de Oliveira e R$ 4
milhões para Valdir Raupp, além de R$ 2,94 milhões para Henrique Alves,
totalizando R$ 43,6 milhões. Os pagamentos teriam sido feitos por meio de notas
frias, entregas em espécie e doações eleitorais oficiais.
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