Advogada envolvida na Operação Medellin tem novo habeas corpus negado
julho 12, 2017
O TJRN negou pedido de habeas corpus movido pela defesa da
advogada Ana Paula Nelson, presa por suposto envolvimento na operação Medellín.
A advogada está presa na Companhia Feminina da Polícia Militar.
A defesa argumentou que a acusada estaria submetida a
constrangimento ilegal em razão da decretação da sua prisão preventiva, mas o
órgão julgador manteve a decisão da 9ª Vara Criminal de Natal.
Para o Ministério Público, Ana Paula Nelson teria dado apoio
à administração dos bens de alto padrão de um grupo criminoso. A ação resultou
na prisão de uma quadrilha suspeita de ter lavado cerca de R$ 20 milhões com a
compra de imóveis e carros de luxo.
A defesa insistiu na alegação de que a conduta atribuída à
acusada se deu no exercício de suas prerrogativas funcionais e que ela estava
regularmente comprovando o exercício de suas atividades profissionais.
Mas, o relator do habeas corpus, desembargador Glauber Rêgo,
destacou o fato de a acusada ter descumprido uma das medidas cautelares
impostas, a de "não se ausentar da comarca de Natal sem autorização expressa
deste juízo", já que deixou de apresentar "comprovações juntamente a
seus pleitos de justificativas de viagens".
O desembargador apontou que, além do descumprimento de
medidas cautelares anteriormente impostas, a advogada invadiu uma área
restrita, sem permissão, conduzindo um celular em uso, infringindo portaria que
proíbe qualquer preso ter posse de celular nas dependências de unidades
prisionais.
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