MPF diz que entre Eduardo Cunha e Henrique Alves existia uma “parceria criminosa”
junho 21, 2017
A denúncia do MPF contra Henrique Alves, Eduardo Cunha e
mais quatro pessoas (Leia matéria anterior) reúne mensagens de celulares,
prestações de contas eleitorais, dados bancários e telefônicos, depoimentos
testemunhais, diligências de campo, documentos e depoimentos de colaborações
premiadas. Esse conjunto confirma as ilegalidades cometidas pelo grupo.
Para o MPF, entre Eduardo Cunha e Henrique Alves existia uma
“parceria criminosa”.
De acordo com a denúncia, os dois ex-parlamentares, pelo
menos entre 2012 e 2014, “solicitaram, aceitaram promessa nesse sentido e
efetivamente receberam vantagens indevidas, de forma oculta e disfarçada, por
meio de doações eleitorais oficiais e não oficiais, em razão da atuação
política e parlamentar de ambos em favor dos interesses de empreiteiras”.
Por sua vez, Fred Queiroz - administrador de fato da Pratika
Locação de Equipamentos e aliado do ex-ministro Henrique Alves - e o cunhado do
ex-parlamentar, Arturo Arruda Câmara, contribuíram com a “estrutura organizada
para lavagem, por meio de prestações de contas eleitorais, dos valores
ilicitamente obtidos”.
Esquema utilizado principalmente na campanha de Henrique ao
Governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
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